sábado, 1 de maio de 2010

Os dois mestres

Sabe aqueles momentos em que você se pega pensando em perdas, ganhos e reparações da vida, momentos e coisas que aconteceram e você se vê meio perdido em suposições.
O tempo é o segundo grande mestre da vida, assim como o amor. O que o tempo não cura, vem o amor e transforma e quando de repente o amor nos deixa vacilante, só o tempo é capaz de fazer passar. Mas ainda que o amor seja perigoso e incerto, creio que ele seja ainda o grande mestre, o que move a vida realmente.
O tempo nos ajuda, nos ensina, nos faz compreender, mas por sua vez a sua hora é indefinida, o tempo trabalha da forma que quer, não existe momento certo. Por vezes podemos ter situações em que pensamos se devemos continuar ou esperar, ambas as escolhas tem seu preço. Às vezes desejamos esperar apenas um pouco, mas quando vemos mesmo esse pouco tempo, sentimos depois que já se passou tempo demais. Aí começam outras perguntas, surgem algumas respostas e às vezes o melhor mesmo é deixar as coisas como estão.

Não é possível entrar duas vezes no mesmo rio, na segunda vez as águas serão outras, o primeiro rio já não existirá.” – Vaseduva

O tempo, chronos e kairós. Chronos é o tempo físico, kairós é o tempo do nosso coração, Einstein denominou tal diferença como relatividade, para mim é essa relação de físico e o afetivo, de amor e tempo. A mente, o físico demora a perceber o que o coração já sabia, assim como o coração se confunde, se perde sem a razão. Toda paixão (seja qual for) tem um pouco de loucura, porem sempre há um pouco de razão na loucura. Cada minuto que passa são escolhas feitas, momentos perdidos ou ganhos, depois que o tempo passa por nós nada será como antes, a cada momento estamos morrendo, é um minuto a menos que temos, então devemos saber que é importante viver por aquilo que morreríamos. Dar valor as coisas pelas quais você nunca deixaria para trás, independente das circunstâncias e do tempo.