terça-feira, 1 de junho de 2010

Saudade do que não foi

Isso deveria começar com algo menos tímido que um oi e terminar com algo menos rude que um adeus. Seria mais fácil acenar apenas um tchau. Mas a saudade que fica, não será ausência, será incontestavelmente a presença de tudo, de tudo que poderia existir.
A saudade de algo que nem ao menos foi, porque nunca chegara a ser, e isso ocupa espaço, ocupa tempo, ocupa a cabeça, ao ponto em que eu me vejo criando coisas apenas para fugir dessas idéias, tão próxima da total loucura.
Aos olhos de muitos estou exatamente igual, no entanto, tamanha semelhança não demonstra tanta confusão, e quando o que eu sinto entra em conflito com o que sou, melhor é esquecer. Pois não desejarei algo com tanta veemência, aprendi um clichê essencial tanto faz, por isso vou fechar meu mundo, e não haverá senha para que se possa entrar por um bom tempo.
Todo dia tento não pensar no que já se passou, para evitar ainda mais suposições, mas é totalmente inevitável, ainda não criaram uma denominação para isso, mas eu costumo chamar de sim, eu gosto de você.

"Nossas dúvidas são traidoras, e nos fazem perder o bem que poderíamos ganhar, por medo de tentar." - William Shakespeare

0 comentários:

Postar um comentário