sexta-feira, 9 de abril de 2010

Sozinho

Tem uma hora em que não gostamos mais de estamos sozinhos e o efêmero não tem mais graça, o sorriso arrancado pelo sentimento de liberdade vai incomodando, e passamos a ter longos pensamentos do tipo, que saudade de estar com alguém. Saudades de passar o final de semana inteiro vendo filmes e comendo besteiras como se o amanhã não fosse chegar, saudades de sentir um abraço, de sentir o corpo, de sentir aquele conhecido corpo. A mão que sempre faz aquele cafuné bem do jeito que a gente gosta, parece que sabe como gostamos, simplesmente te encontra, saudade do perfume, de rir junto, saudade da presença ao voltar pra casa, da preocupação quando estamos longe, das mensagens no telefone, do jeito sempre igual de atender. Os carinhos, apelidos, tons de voz e não sentirmos frio no inverno por estarmos abraçados.
Saudade das longas conversas, na troca de olhar no silêncio e até das brigas bobas, que terminam em beijos e pedidos de desculpas. Saudades de saber que tem alguém aqui, que existe só pra você, saudade de acordar dando um beijo, saudade de comprar alguma coisinha, só pra poder agradar. Saudade daquele ciuminho saudável, do cheirinho ao sair do banho, da vontade de dormir abraçado, ou um em cada canto por causa do calor, saudade até de sentir saudades, mas de alguém que logo vai voltar.
Sentir isso pode durar um minuto ou uma semana, essa é a verdade de uma pessoa que está solteira, em um dia estamos bem com nós mesmos e no outro reclamamos as pitangas perdidas, por haver um espaço vazio no nosso coração, até chegar alguém que possa preenchê-lo.

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